A primeira parte do filme é uma avaliação crítica da religião, com principal incidência no cristianismo, se utilizando de argumentos do livro "The Christ Conspiracy, The Greatest Story Ever Sold" (A Conspiração Cristo, A Maior História da Já Vendida) da autora teosofista Acharya S, sendo que é a própria autora defende sua teoria no Guia Oficial do filme.
O filme é estruturado em três seções:
Parte I - "The Greatest Story Ever Told" ("A maior história já contada");
Parte II - "All The Worlds A Stage" ("O mundo inteiro é um palco");
Parte III - "Don't Mind The Men Behind The Curtain" (Não se importem com os homens atrás da cortina").
Agência Brasil - No Caminho dos Campos de Concentração do Ceará:
Em 1932, seis campos de concentração, em todo o Ceará, reuniram pelo menos 73.918 flagelados, segundo registros da época. Famintos, eles buscavam refúgio para sobreviver à seca. A equipe de reportagem da Agência Brasil percorreu o interior do estado 86 anos depois para verificar como vive hoje a população nas proximidades dos antigos campos.
TV Folha - No Ceará do passado, pobre era confinado em campo de concentração:
Com as estiagens do início do século 20, famintos dirigiam-se à capital do Ceará, assombrando as elites que idealizavam uma Fortaleza "belle époque", moderna e limpa. O governo criou currais para confinar milhares de retirantes; hoje, alguns tentam evitar que a memória desses lugares se apague.
Valdecy Alves - Documentário - Campos de Concentração Patu - Cariús e Buriti:
Documentário que mostra os 03 grandes Campos de Concentração da Seca de 32 no Ceará. O Campo de Concentração do Patu, onde houve a maior mortandade, em Senador Pompeu, o Campo de Concentração de Cariús e o Campo de Concentração do Buriti, no Crato, este o maior de todos. Imagens inéditas, depoimentos de sobreviventes e a clara demonstração desse genocídio. Ainda a Caminhada da Seca, que reúne anualmente mais de 6.000 pessoas que se deslocam até o cemitério do Patu, no meio da Caatinga, em memória das vítimas santificadas pela religiosidade popular. E assim, mudando-se a narrativa da história das secas, da relação da sociedade e do Poder Públicos com a grande maioria dos excluídos desde os tempos coloniais.
TV Diário - Campo de concentração onde 'flagelados da seca' eram aprisionados é tombado no Ceará:
O campo de concentração Patu, que fica em Senador Pompeu, erguidos no Ceará em 1915 e 1932, eram espaços de aprisionamento para evitar que retirantes saídos do interior chegassem a Fortaleza. Matéria exibida em 22 de julho de 2019 no programa Diário Regional. Para assistir nossa programação online, acesse: http://www.tvdiario.tv.br/aovivo
Uma História a mais - CAMPOS de CONCENTRAÇÃO no Brasil?
No Brasil já foram construídos sete campos de concentração para aprisionar mendigos e doentes. As secas de 1915 e de 1932 no Ceará levaram milhares de pessoas a buscar ajuda na capital, mas elas foram conduzidas para os chamados "currais do governo", longe das cidades, onde grande parte acabaria morrendo de fome e cólera.
Os Cearenses - Historia do Ceará na Sala de Aula. Manual apresentado pelo professor Airton de Farias, com dicas e sínteses para aplicação dos documentários em sala de aula.
Sinopse: "Conheça Joe Bowers. Ele não é de modo algum o cara mais brilhante do pedaço. Mas quando uma experiência governamental com hibernação cai no esquecimento, Bowers acorda no ano 2505 e encontra uma sociedade tão emburrecida pelo comercialismo de massa e pela alienante programação de TV que ele acaba sendo o cara mais inteligente do planeta! Agora, cabe a um cara para lá de mediano colocar a evolução da raça humana de volta nos trilhos!"
O conceito foi popularizado pela comédia Idiocracy, que mostra a humanidade totalmente emburrecida.
Cartaz da comédia distópica Idiocracy: a realidade vai superar a ficção de 2006 ? | Imagem: 20th Century Fox
A origem da palavra idiocracia é grega: idiotes (idiotas) + cratos (poder) = poder dos idiotas. No início, idiotessignificava homens privados, afastados da vida pública da Grécia Antiga. Com o tempo, passou a designar pessoas ignorantes.
O filme americano Idiocracy, de 2006, de Mike Judge, um fracasso comercial que se tornou um filme cult, popularizou a expressão. Seus autores dizem que fizeram uma comédia que virou documentário.
O filme conta as aventuras do bibliotecário do Exército Joe Bauers (Luke Wilson), que hiberna por 500 anos junto com a prostituta Rita (Maya Rudolph).
Quando os dois despertam em 2.505, o mundo está tão idiotizado e tão comercial que Joe Bauers se torna o homem mais inteligente do mundo.
No Brasil, a expressão teve um pico de popularidade em junho de 2019, quando o jornal francês Le Monde afirmou que o país corria o risco de uma idiocracia no governo Bolsonaro.
Em 2015, a banda LiMBO, de São Paulo, já tinha explorado a expressão, dizendo que a idiocracia "é a novela da nação", na música chamada... adivinhe...Idiocracia.
Em comemoração à Década Internacional de Afrodescendentes, documentário
produzido pelo Centro de Informação da ONU para o Brasil (UNIC Rio)
aborda as causas da intolerância religiosa e a riqueza da cultura
afrodescendente no país.
s religiões de matrizes africanas são parte da diversidade religiosa
do Brasil. Entre algumas dessas manifestações, que têm como referência a
cultura trazida pelos africanos durante mais de 300 anos de escravidão,
estão catimbó, cabula e principalmente umbanda e candomblé, que se
propagaram com mais intensidade pelo Brasil.
Desde sua chegada ao Brasil, os praticantes de religiões de matrizes
africanas foram alvo de perseguições por manifestarem a sua fé. Mas
ainda hoje, em 2015, os episódios de intolerância religiosa fazem parte
do cotidiano. No contexto da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), a ONU destaca essas manifestações brasileiras e de forte ligação com a África.
“Eu costumo dizer que a África e o Brasil se casaram e tiveram dois
filhos: candomblé e umbanda. O candomblé é uma religião de matriz
africana, a sua origem está na África, sobretudo no sudoeste da África. É
uma religião brasileira e que se constituiu não só com essa matriz, mas
com o sincretismo a partir da relação com o cristianismo, com cultos e
vivências indígenas. A umbanda tem outra forma de sincretizar além dessa
construção africanista porque promove outras relações com o misticismo,
valores ciganos, kardecistas e hinduístas”, explicou, em entrevista
exclusiva ao Centro de Informação da ONU para o Brasil (UNIC Rio), o
babalorixá Márcio de Jagun, ressaltando que, para os detratores, tanto
os candomblecistas quanto os umbandistas são chamados de “macumbeiros”.
Apesar da influência africana desde o século XVI, o candomblé e a
umbanda se consolidaram na sociedade brasileira nos últimos 200 anos,
principalmente no início do século XX, quando o público pôde ter
conhecimento das práticas a partir, por exemplo, das pesquisas de Pierre
Verger, etnólogo francês e babalawo, que dedicou a maior parte de sua
vida ao estudo da diáspora africana e ao comércio de escravos.
Essas práticas religiosas de matrizes africanas também fazem
referência à comida, à música, aos tecidos e aos costumes não apenas dos
escravos, mas dos colonizadores. Como exemplo deste sincretismo estão a
indumentária e as louças que foram acrescentadas ao culto, como
referência aos costumes portugueses.
“Após a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República, vimos um
movimento eugenista crescer no Brasil. A ideia era embranquecer o país,
dar identidade europeia. Então, toda essa cultura afro foi
criminalizada: o samba, a capoeira, a prática religiosa… Tudo era
estigmatizado”, destaca, em entrevista ao UNIC Rio, o babalawo Ivanir
dos Santos, acrescentando que a África está muito presente no seio da
história e da construção da religiosidade, mas isso não recebe a
importância que deveria.
Desafios para mensurar os praticantes
De acordo com o último censo, de 2010, menos de 1% da população
brasileira pratica as religiões de matrizes africanas. Mas esse universo
não condiz com a realidade, já que ele não expressa a quantidade de
pessoas que, juntamente com outras religiões, frequentam os cultos de
matriz afro. O documento do IBGE informa que há cerca de 407 mil
praticantes da umbanda, 167 mil do candomblé e cerca de 14 mil de outras
religiões de matrizes africanas.
“O ultimo censo mostrou a diversificação do campo religioso. O
catolicismo, religião hegemônica, vem decrescendo, o que vem abrindo
espaço para o crescimento dos neo-pentecostais. Já os afro-religiosos,
representam menos de 1%. O que vários especialistas têm dito, e eu
concordo, é que esse número está subestimado. Há que se fazer uma
pesquisa mais cuidadosa de maneira a saber como isso pode ser perguntado
para chegarmos mais perto da religiosidade brasileira. Antigamente,
sabemos que em muitos terreiros, vários cultos eram realizados na igreja
católica. Desta forma, deveria ser aceitável na declaração que a pessoa
se identificasse com mais de uma religião”, diz a antropóloga Sonia
Giacomini.
Ciente da demanda para estudar e divulgar o trabalho desenvolvido nas
casas, uma pesquisa coordenada por Giacomin e desenvolvida pelo Núcleo
Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente da PUC-Rio mapeou
847 terreiros do Rio de Janeiro. O resultado foi divulgado no livro
“Presença do Axé: Mapeando terreiros no Rio de Janeiro”, que revelou
também o mapa da intolerância religiosa.
“Grande parte das perguntas do estudo, que também foi desenvolvido
pela pesquisadora Denise Pini, era sobre o funcionamento da casa. Além
dessas questões, o conselho religioso resolveu que teria que ter uma
outra bem importante: se a casa tinha sofrido algum episódio de
discriminação. Como as respostas foram muito minuciosas, pudemos
identificar quem eram os agressores, quem eram as vítimas e, desta
forma, um mapa da intolerância.”
Acirramento da Intolerância Religiosa
Em junho, uma menina de 11 anos, praticante do candomblé, levou uma
pedrada na cabeça, após saída do culto na Vila da Penha, Rio de Janeiro.
A família registrou a ocorrência como lesão corporal e prática de
discriminação religiosa.
Márcio, que é membro da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa
do Rio de Janeiro (CCIR-RJ), diz que não é concebível que alguns
religiosos incitem a violência e que seus superiores sejam alheios a
essa discussão. Eles precisam ser responsabilizados. O parágrafo VI do
artigo 5º da Constituição brasileira diz que é inviolável a liberdade de
consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e
a suas liturgias. A Lei Caó (Lei 7.716/89) considera crime a
intolerância religiosa.
De acordo com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, foram
registradas 39 queixas pelo Disque 100 apenas em 2013, o que deu ao
estado do Rio o título de maior detentor das denúncias em todo o Brasil,
mas o registro ainda é muito precário.
Márcio conta que a Secretária Nacional de Direitos Humanos
contabilizou, até hoje, 500 casos de intolerância religiosa em toda a
sua história. Esse número não condiz com o cenário atual,
principalmente, porque muitos dos casos que deveriam ser registrados
como intolerância religiosa são catalogados como briga de vizinho,
injúria ou calúnia.
A intolerância religiosa está na história do Brasil desde a chegada
dos portugueses, já que, nas primeiras missões, havia a clara intenção
de converter os índios e os escravos ao catolicismo. Ao longo dos
séculos, essa ideia parece ter sido perpetuada.
“As igrejas neo-pentecostais têm disputado espaço com os barracões,
têm desejado ocupar o nosso espaço. Muitas vezes, elas se preocupam em
comprar os nossos terreiros e, nos mesmos espaços, abrir os templos”,
afirma Márcio, que também é presidente da Associação Nacional de Mídia
Afro.
As igrejas neo-pentecostais congregam denominações oriundas do
pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais (como
as batistas e metodistas). Elas surgiram aproximadamente 60 anos após o
movimento pentecostal do início do século XX, em 1906.
Para Ivanir, existe uma disputa de mercado pelos fiéis, que cria uma
demonização para que os praticantes de religiões afro se sintam
envergonhados, o que se apresenta como um risco para a sociedade, não só
para liberdade religiosa, mas para liberdade politica.
"A revista online que conta a história
Argunners, publicou recentemente muitas fotos inéditas encontradas nos
arquivos do americano Charles Day Palmer, que foi general na brigada
Europeia durante a 2° Guerra Mundial.
As imagens conseguem mostrar um continente devastado pela guerra, conforme as forças americanas se direcionavam em Berlim.
Essas fotos foram feitas a pedido dos
Estados Unidos, e eram totalmente confidenciais e consideradas
inconvenientes para serem publicadas, visto que várias são bastante
gráficas.
Palmer tinha autorização de guarda-las
para uso privado, depois que essas imagens passaram por uma censura,
removendo nomes e lugares.
O general, que ajudou durante a invasão
da Normandia e a travessia da linha Siegfried , e também mais tarde
atuou na Guerra da Coréia, faleceu no dia 7 de junho de 1999.
Essas fotos passaram a pertencer ao
acervo pessoal e foram recentemente publicadas no site da Argunners por
seu neto, Daniel Palmer, dizendo que fez isso para honrar as memórias e
serviços de seu avô."
Túmulo de um soldado americano que foi enterrado pelo inimigo.
Soldados norte-americanos e alemães antes do enterro e prisioneiros alemães que ficaram responsáveis por cavar as sepulturas.
Prisioneiros sendo escoltados pelas Forças Francesas do interior.
Minas M-5 sendo usadas para explodir caixas de comprimidos alemães. Aproximadamente 180 kg de TNT foram explodidos.
Comboio alemão depois de um ataque norte-americano.
Forças dos EUA tentando recuperar
Wingen-sur-moder, comuna francesa, da 6° SS-Gebirgsjäger alemã, se
infiltrando durante a noite, conseguindo desalojar as tropas americanas e
capturando alguns prisioneiros que lá se encontrava.
Rifle e capacete registram o local onde dois soldados da infantaria perderam sua vida para uma umidade de 7° exército.
Soldados do 7° Exército em busca de atiradores de elite em Bobenthal – Alemanha
Guincho rebocando uma Howwitzer 155 mm que ficou preso na lama no meio de uma estrada.
Os restos de uma cidade alemã totalmente destruída
Uma ponte alemã é totalmente destruída por engenheiros norte-americanos com objetivo de neutralizar os ataques dos alemães
Rifles e granadas de mão sendo empilhados por alguns soldados felizes pelo fim da guerra.
Inúmeros oficiais alemães e homens
marchando de volta para a estrada. Apesar que, tenham se rendido sem
revolta, outras tropas acabaram resistindo contra cidades-chaves ao
longo do percurso.
Rendição húngara. Foto dos últimos jogos de inverno, feito antes da guerra.
Civis Alemães caminhando entre os destroços de sua cidade
Edifícios totalmente destruídos e queimados na França.
Casa que ficava localizada na periferia de um forte, totalmente danificada por um incêndio.
Caminhão Francês pegando fogo com sua carga de aproximadamente 800 litros de gasolina.
Dano causado quando um cartucho 280 milímetros alemão decidiu pousar nessa área.
4 cavalos da artilharia alemã foram mortos juntamente com mais 5 soldados
Fonte: Jornalismo TV Cultura - O movimento de maio de 1968 em Paris ultrapassou os limites da França, provocando mudanças de comportamento e avanços dos direitos humanos ao redor do mundo. Cinquenta anos depois, o que se consolidou e o que retrocedeu na sociedade? É o que vamos ver na quarta reportagem da série "Maio de 68", com Rodrigo Piscitelli.
O Brasil, apesar de agora republicano, manteve suas estruturas fundiárias e seu “alinhamento” com a Europa (Inglaterra principalmente). Porém, esse momento republicano inicial trouxe alguns prejuízos financeiros para o país, como a renegociação da dívida com a Inglaterra, que “obrigou” ao Brasil a contração de um novo empréstimo. Em outras palavras, houve um aumento da dívida externa, o que futuramente geraria uma “bola de neve”. Houve também um grande endividamento com a compra do Acre, que, posteriormente, quase não deu lucro devido à descoberta inglesa (entre os anos de 1903 e 1906) de látex no sul da Índia, que era sua colônia. Além disso, o Convênio de Taubaté, devido à retração da compra do café pelo mercado internacional, numa ocasião de “preparação” para a Grande Guerra, causou o endividamento dos estados, a socialização dos custos e uma superprodução cafeeira. Foi esse o contexto que culminou nos movimentos sociais e posteriormente na crise da primeira república.
Movimentos Sociais
1. Revolta da Vacina (1904 – governo de Rodrigues Alves): Devido a um crescimento desordenado da cidade do Rio de Janeiro (processo de imigrantismo e o fato de o estado ser polo industrial brasileiro até 1910), as condições de higiene eram precárias, não havendo saneamento básico e ocasionando uma grande difusão de doenças. Porém, com isso, o “túmulo dos turistas”, como era conhecido o Rio, ganhou uma “repaginada”: a chamada Reforma Pereira Passos. Os cortiços foram derrubados, foram feitos investimentos em saneamento básico, construção de bondes e o embelezamento da cidade. Em relação às doenças, a campanha de vacinação obrigatória causou uma insatisfação popular, com inúmeras manifestações, que foram contidas com a prisão de uma média de 2000 trabalhadores.
2. Revolta da Chibata (1910 – governo de marechal Hermes da Fonseca): A marinha possuía, apesar da abolição, uma mentalidade escravocrata, com castigos diferenciados para marinheiros negros. Um negro da marinha, Marcelino Rodrigues, foi condenado a 250 chibatadas, levando-o a óbito. Um encouraçado brasileiro, liderado por João Cândido (“o marinheiro negro”), mobilizou marinheiros para tomar duas embarcações e ameaçar bombardear a cidade do Rio de Janeiro. O governo, a principio, perdoou os revoltosos e deu cabo aos castigos da marinha. Visto que isso não ocorreu, os fuzileiros ficaram insatisfeitos novamente, o governo reage novamente aprisionando os participantes da revolta.
3. Greve Geral de 1917: Devido às péssimas condições de trabalho nas fábricas e à influência do anarco-sindicalismo, chegamos à famosa greve de 17. O movimento queria acabar com a propriedade privada, devido à ideologia do anarquismo (ideologia de esquerda que busca a superação do capitalismo) e também ao sindicalismo (poderia ocorrer tanto no comunismo quanto no capitalismo, sendo eles grupos que defendiam os trabalhadores). O governo conteve o levante com a lei Adolfo Gordo (“imigrante é caso de polícia”).
4. Movimento Tenentista (década de 1920): Os tenentes estavam insatisfeitos desde a República das Espadas, já que, como jovem oficialidade do exército, participavam pouco da política. Além disso, acreditavam na moralização da política, com uma reforma política, a implementação do voto secreto e fim da corrupção eleitoral. O estopim foi a demissão de Hermes da Fonseca do clube militar, difundindo o movimento pelo exército. Em 1922, houve o movimento dos “18 do forte de Copacabana” e depois a criação da coluna Prestes, que deu mais visibilidade ao movimento.
O século XIX foi muito interessante para a
Europa, já que consolidou ainda mais seu domínio mundial e foi marcada
um grande clima otimista. Entretanto, apesar do aparente equilíbrio, a
Europa vivia um clima muito tenso devido à política expansionista dos
países e, ao mesmo tempo, a falta de territórios que já não fossem
explorados. O capitalismo, trazido à tona pela revolução industrial, fez
com que a busca por matéria-prima e novos locais para investir o
capital excedente traçassem um novo rumo para o continente, desembocando
no que ficou conhecida como a Grande Guerra ou Primeira Guerra Mundial.
Antecedentes
Os antecedentes da Primeira Guerra
Mundial são as rivalidades entre Inglaterra e Alemanha (ocasionadas por
disputas territoriais), entre França e Alemanha (revanchismo devido à
Guerra Franco-Prussiana: entrega de Alsácia-Lorena), o Pan-Eslavismo
Russo (devido aos interesses imperialistas russos), o nacionalismo
Sérvio e a questão entre Rússia e Alemanha, sobre a construção da
estrada de ferro Berlim-Bagdá (império otomano). A Europa estava à beira
do caos devido à disputa que levou a um choque na busca por áreas de
controle. Foi então que oImpério Austro-húngaro enviou o
arquiduque Francisco Ferdinando à Bósnia e, quando ele chega ao país, é
assassinado por um estudante sérvio residente na Áustria . Esse
atentado foi conhecido como “Atentado de Sarajevo” (28/jun/1914) e foi o
estopim para a Primeira Guerra Mundial.
Assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando
A Grande Guerra
Guerra de Movimento: Momento inicial do conflito – Deslocamento das
tropas sobre as nações inimigas, ainda sem grandes conflitos diretos
(Alemanha tem destaque nesse momento).
Guerra de Trincheiras: Formação dos inúmeros campos de batalha com trincheiras, com perdas incalculáveis.
Ofensivas Finais:
Saída da Rússia em 1917;
Tratado de Bret-Litovsky (março/1918): não-agressão entre Alemanha e
Rússia, que sai da Primeira Guerra Mundial para a Revolução de 1917;
Entrada dos EUA no conflito;
Vitória da Entente e hegemonia dos norte-americanos;
Você também pode conferir como uma
quadrilha de festa junina te ajuda a ensaiar os passos da Primeira
Guerra Mundial e, depois, treinar todo o seu conhecimento adquirido com o
resumo, mapa mental e lista, resolvendo exercícios de vestibular sobre o
assunto!
Caminhando para a Segunda Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial deixou ainda
muitos assuntos mal resolvidos na Europa. O Revanchismo da Alemanha,
humilhada pelo Tratado de Versalhes e a falta de representatividade da
Itália foram alguns desses assuntos. Esse revanchismo deu margem para
que governos totalitários que pregassem a superioridade desses povos
fossem aceitos em seus respectivos territórios. Além disso, a crise de
1929, que foi uma crise essencialmente capitalista, desestabilizou a
Europa e abalou a confiança no modelo liberal. Paralelo a isso, o
socialismo russo se fortalecia e ganhava maior visibilidade. Percebendo
essa fragilidade na Europa os governos totalitários perceberam que esse
era o momento de tornar suas propostas viáveis, e foi. Foi retomada
então a proposta expansionista, que, conforme ultrapassou os limites
estabelecidos, como a própria anexação nazista à Áustria e o
descumprimento do tratado com Stalin de não mais se expandir, Hitler
inicia um dos conflitos mais violentos da história da humanidade.
A Segunda Guerra Mundial e as Conferências dos Grandes
Para
entendermos a Segunda Guerra Mundial é necessário que saibamos os
antecedentes do conflito. O revanchismo alemão pós-Primeira Guerra
Mundial (nacionalismo e disputas territoriais); a Guerra Civil Espanhola
(1936/1939); a Invasão japonesa à China (1937); a anexação da Áustria
(1938); o Acordo de Munique (concessão de parte da Tchecoslováquia a
Hitler – Sudetos); a conquista da Albânia pela Itália (1939), além do
Pacto Molotov-Ribbentrop e da invasão alemã com a ajuda da Eslováquia à
Polônia (estopim – fez com que França e Grã-Bretanha declarassem guerra
aos germânicos). Talvez, o maior “culpado” pela Segunda Guerra tenha
sido o Tratado de Versalhes, que fez com que o revanchismo se alastrasse
pela Alemanha.
Capa do Tratado de Versalhes – 1919
A Segunda Guerra
Considerado o maior conflito de todos os
tempos, causando danos incalculáveis, a Segunda Guerra Mundial teve seu
início no dia 1 de setembro de 1939, tendo seu fim no dia 2 de setembro
de 1945. Envolvendo todas as grandes potências mundiais, a guerra
ocorreu entre Aliados (Estados Unidos da América, União Soviética,
França, Inglaterra e China) e o Eixo (Alemanha, Japão e Itália), que
dedicaram toda a “logística” de seus países para voltar-se para a
guerra. É importante saber que o Eixo possuía em seus respectivos
governos regimes totalitários.
Países do Eixo e Aliados: Segunda Guerra
Nos anos iniciais da guerra a Alemanha
saiu na frente, tomando territórios da Polônia, Bélgica, Noruega,
Dinamarca, Holanda e posteriormente Grécia, Romênia e Iugoslávia. Porém,
em 1941 os japoneses atacam a base norte-americana de Pearl Harbor e os
EUA entram na guerra dando o reforço necessário para os Aliados. Hitler
ordena logo depois um ataque à URSS e encontra uma grande defesa; pela
primeira vez os alemães se sentiram acoados na guerra. Foi na conhecida “Batalha de Stalingrado” que a Alemanha percebeu a dificuldade uma vitória, já que perdeu mais de um milhão de alemães.
Batalha de Stalingrado: vitória soviética
Foi então no dia 6 de junho de 1944, o chamado Dia D,
que as tropas aliadas tomaram de volta a Normandia e venceram o cerco
dos nazistas sobre o território francês. Em abril do ano de 1945, os
Aliados invadem a Alemanha, Mussolini é capturado na Itália e condenado
ao fuzilamento, Hitler comete suicídio e a Alemanha se rende. Ainda que a
guerra tivesse caminhado para o fim, o ataque japonês aos
norte-americanos não fora esquecido, então EUA jogam duas bombas
atômicas em território japonês, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki,
conseguindo a rendição japonesa.
Destruição das cidades japonesas
Pós-Segunda Guerra
O nazismo, sob o comando de Hitler,
dizimou a população judaica, o anti-semitismo. O chamado Holocausto, que
garantiria a supremacia da raça ariana, foi o nome dado ao envio de
judeus (homens, mulheres, crianças, idosos) para os campos de
concentração para trabalharem à força e depois serem mortos (em sua
maioria em câmaras de gás); aproximadamente 6 milhões de judeus foram
mortos. Esse foi considerado o maior crime de guerra de todos os tempos e
causou comoção mundial. Entre os números de destruição da guerra,
aproximadamente 40 milhões de pessoas morreram no conflito. Houve o
chamado Tribunal de Nuremberg, para julgar os crimes de guerra e a
Fundação da ONU, que tem como proposta tentar através do diálogo
resolver os conflitos entre países. Seus participantes assinaram a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, que promoveria o respeito e
reconhecimento dos países.
Imagem do Tribunal de Nuremberg
(...)
EXERCÍCIOS
1. (FUVEST) “Esta guerra,
de fato, é uma continuação da anterior.” (Winston Churchill, em
discurso feito no Parlamento em 21 de agosto de 1941) A afirmativa acima
confirma a continuidade latente de problemas não solucionados na
Primeira Guerra Mundial, que contribuíram para alimentar antagonismos e
levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Entre esses problemas,
identificamos:
a) o crescente nacionalismo econômico e o aumento da disputa por mercados consumidores e por áreas de investimentos;
b) o desenvolvimento do imperialismo chinês da Ásia, com abertura para o Ocidente;
c) os antagonismos austro-ingleses em torno da questão da Alsácia-Lorena;
d) a oposição ideológica que fragilizou os vínculos entre os países, enfraquecendo todo tipo de nacionalismo;
e) a divisão da Alemanha, que a levou a uma política agressiva de expansão marítima.
2. (UEMT) A Segunda Grande Guerra (1939 – 1945) adquiriu caráter mundial a partir de 7 de dezembro de 1941, quando:
a) os russos tomaram a iniciativa de anexar os Estados Bálticos;
b) os alemães invadiram o litoral mediterrâneo da África;
c) os japoneses atacaram a base norte-americana de Pearl Harbor;
d) os franceses, por determinação do marechal Pétain, ocuparam o Sudeste da Ásia;
e) os chineses cederam a maior parte de seu território às tropas do Eixo.
3. (UFRN) Em relação à Segunda Guerra Mundial, é correto afirmar que:
a) Hitler empreendeu uma implacável perseguição aos judeus, que resultou na morte de seis milhões de pessoas;
b) os norte-americanos permaneceram neutros na guerra até 1941, quando bombardearam Hiroshima e Nagasaki;
c) de Gaulle foi o chefe do governo de Vichy;
d) com o ataque alemão a Pearl Harbor, os norte-americanos resolveram entrar na guerra;
e) a Crise de 1929 nada teve a ver com a Segunda Guerra Mundial.