quinta-feira, 27 de outubro de 2022
terça-feira, 25 de outubro de 2022
Descomplica: "Mapa Mental - Eixo Temático - Cultura Nacional"
Primeiramente, vamos relembrar o conceito de cultura? Cultura, segundo o dicionário Michaelis, é um “Sistema de ideias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de padrões de comportamento e atitudes que caracteriza uma determinada sociedade.” (Link de referência). Você pode ter acesso a uma definição um pouco mais ampla aqui e aqui.
Nós, brasileiros, somos parte de um enorme grupo que compartilha uma determinada cultura e, dentro desse grupo, há outros grupos, menores, que compartilham outras culturas. Ou seja, há certas características comuns a todos os brasileiros, porém, cada povo dentro do Brasil compartilha outras características particulares. Descomplicando isso tudo, o que se quer dizer é que paulistas, baianos, cearenses, gaúchos, cariocas, todos nós somos brasileiros e compartilhamos costumes e valores comuns como, por exemplo, a nossa receptividade.
No entanto, há características particulares dentro de cada um desses grupos. Por exemplo: o funk, apesar de ser escutado e dançado em muitas partes do país, é uma particularidade dos imaginários culturais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ainda assim, o mesmo funk, por vezes, tem características diferentes em cada um desses estados. Indo direto ao ponto: o Brasil, como o grande país que é, tem uma diversidade cultural tão extensa quanto seu tamanho.
É importante, ou melhor, é imprescindível sabermos a razão dessa diversidade toda. A razão está na formação da nossa cultura, que se divide em quatro momentos. São eles: o período da colonização, o período da independência política do Brasil para com a sua metrópole, o período da república e o período que vivemos atualmente, o da globalização.
sexta-feira, 7 de outubro de 2022
Mapa Mental - Império Romano (História Digital)
Este mapa mental sobre o Império Romano trata dos fatos relacionados à última fase da história da Roma Antiga, conforme a cronologia oficial. Ele destaca a subida de Otávio Augusto ao poder, em 27 a.C.; a ascensão do cristianismo até se tornar religião oficial de Roma; e os motivos que levaram à queda do Império Romano.
Fonte: História Digital
"Pandemias: como as doenças mudaram a História" - Nas Tramas de Clio
Publicado por Caroline Dähne em
Em tempos de expansão do vírus Covid-19, muita gente tem se
perguntando como passamos por outras pandemias em diferentes períodos
históricos. Assim, atualmente não se fala em outra coisa, e a cada dia
novos textos vem surgindo explicando sobre a doença e muitas outras.
Sabemos que o tema vem sido discutido exaustivamente, então nossa
ideia de abordagem vem a partir de questionamentos que nossos alunos tem
nos feito. Trazendo também dicas de como abordar alguns desses temas em
sala de aula.
Pandemias e a História
A relação entre as doenças e os rumos da História mundial são
constantemente debatidos academicamente, mas, com exceção de algumas
epidemias específicas, o tema não é muito trabalhado em sala de aula.
Qual seria então a importância de perceber a relação entre as doenças e a História?
A doutora em medicina Rita de Cássia Barradas Barata em um artigo
publicado na revista caderno de Saúde Pública, explica que quando vamos
analisar uma epidemia é importante entender o seu contexto. Segundo ela,
os surtos epidêmicos sempre estiveram presentes na história humana, mas
eles se intensificam em alguns momentos específicos. Um exemplo da
relação entre as pandemias e o contexto citado por ela, é o surgimento
de mais doenças no final do século XIX e XX em decorrência da expansão
imperialista das potências europeias e dos EUA.
Nesse sentido, isso ocorre, principalmente, em tempo de crises
sociais ou mudanças nos modos de produção de determinada sociedade. Ainda segundo a autora, existem dois importantes vieses para analisar
uma epidemia do ponto de vista histórico: o conhecimento que
determinada sociedade tinha sobre o fenômeno e as formas que o Estado
atuou nesse período.
Ao longo da História
A forma como uma sociedade reage em tempos de pandemias reflete muito
sobre ela. Uma das principais diferenças nessas reações está
relacionada com o conhecimento médico.
O médico Stefan Cunha Ujuari, mestre em doenças infecciosas pela
Unifesp e autor do livro “A História da Humanidade contada pelo vírus”,
aponta que antes do desenvolvimento da medicina microbiana no século
XIX, a falta de conhecimento científico fazia com que as pessoas
acreditassem que a sua causa estava ligada à castigos divinos, bruxarias
ou ações demoníacas.
Além da relação com a superstição, o autor também salienta a relação
da doença com o contexto em que ela se desenvolveu. Para ele, as
conquistas territoriais, as guerras e a expansão do comércio
contribuíram para espalhar vírus e bactérias para outros lugares do
mundo. Conforme ele salienta na frase em que diz que os “microrganismos
foram globalizados pelo homem”.
Medicina X Superstições
As práticas de confinamento dos doentes como estratégia para conter a
proliferação das doenças só começou no século XVIII, antes disso a
prática já podia ser verificada em alguns locais e períodos diferentes,
mas não com o aspecto de política com entendimento sanitário.
É no final da Idade Média, com o surgimento das Universidades, que o
conhecimento médico ocidental passa por mudanças e vai, aos poucos,
deixando o aspecto supersticioso de “castigo divino”. Nesse período,
surge então o conceito de epidemia, que designa a elevação dos casos de
determinada doença de forma brusca em um local específico como uma
cidade, estado ou país. Quando a dimensão, de quantidade e espaço, se
eleva a nível de continentes ou até mesmo global, essa epidemia que se
espalhou passa a ser chamada de pandemia.
Na passagem do século XIX para o XX, a criação das vacinas
revoluciona o modo como as sociedades tratam seus doentes, gerando então
a prática da imunização em massa.
Pandemias: uma nova a cada 100 anos?
Na última semana, uma postagem do twitter criou uma nova teoria da
conspiração: que a humanidade é acometida por uma pandemia nova sempre
na década de 1920 de cada século. Veja a imagem abaixo:
Como pode-se perceber, essa única publicação teve mil
compartilhamentos, fora sua reprodução em outras redes sociais. E aí
diversas pessoas começaram a se questionar se o que a publicação falava
era real.
Embora a publicação utilize doenças que realmente tiveram um grande
número de mortalidade ao longo tempo, o erro está justamente nisso, o
tempo. A maioria das datas que estão ali descritas estão incorretas.
Como por exemplo, a Gripe Espanhola, cujo surto foi 1918 e a Peste Bubônica entre 1343 e 1353.
Além disso, a publicação deixa propositalmente de fora outras grandes
epidemias, que aconteceram em anos muito distantes das décadas de 20.
Como por exemplo, a pandemia de H1N1 que aconteceu em 2009 e vitimou
cerca de 18 mil pessoas em todo o mundo.
Mudanças nos rituais funerários
Não é só a economia e o dia a dia das pessoas que é afetado pelas
pandemias. Ao longo do tempo, os surtos de doenças modificaram a maneira
como o ser humano se relaciona com a morte.
No Brasil, essa mudança foi percebida principalmente com o surto de
febre amarela na metade do século XIX. Segundo a doutora em História
pela UFF Cláudia Rodrigues, o impacto da doença foi sentido também nos
rituais funerários.
A atitude que antes era de familiaridade entre vivos e mortos, passou
a ser contestada pelos médicos sanitaristas, que apontaram as
sepulturas como focos de contaminação.
À partir disso, os sepultamentos que antes aconteciam dentro ou ao
redor das igrejas passaram a ser afastados dos centros urbanos visando o
afastamento dos mortos para evitar as doenças.
Nesse sentido, ocorreu uma mudança nos rituais funerários, já que a
medida e a legislação Imperial devido à epidemia, gerou um medo dos
vivos em relação aos mortos.
Pandemias: o presidente brasileiro que não assumiu o cargo
A pandemia da Gripe Espanhola, que no século passado vitimou mais de
20 milhões de pessoas, não ficou restrita apenas à Europa. Aqui no
Brasil, além de deixar cerca de 30 mil mortos no país, a doença atingiu a
figura que teria o maior cargo político: o presidente.
Francisco de Paula Rodrigues Alves, já havia sido presidente do país em um mandato entre 1902 e 1906, e ficou conhecido pela Reforma Urbana do Rio de Janeiro.
No entanto, seu segundo mandato que iniciaria no final de 1918, nunca
chegou a ser assumido, já que o candidato de 70 anos que já estava com a
saúde debilitada foi acometido com a gripe espanhola e faleceu no
início de 1919.
As pandemias no ensino de História
Certamente algumas doenças são mais faladas nas aulas de História.
Isso se dá, principalmente, pelas mudanças que elas causaram nas suas
sociedades. Para isso, é importante que os professores busquem mostrar
pros alunos quais foram os aspectos dessas doenças, não só em número de
mortos, mas também nas configurações políticas e sociais.
Pensando nisso, deixamos abaixo algumas sugestões de abordagens para realizar durante as aulas:
Idade Média: Peste Bubônica
A palavra peste vem do Latim e começou a ser utilizada para designar a
mortalidade elevada causada por alguma doença. De acordo com a médica
Rita de Cássia Barata, a pandemia causada pela peste bubônica no século
XIV foi uma mistura entre o desconhecimento sobre a doença com uma série
de práticas ineficazes que mais pareciam rituais.
Além dos sintomas da doença, é importante que o professor demonstre
aos alunos como ela contribuiu para a transição do sistema feudal para o
capitalista. Ressaltando então, como a falta de mão de obra no campo,
contribuiu para a substituição do trabalho humano para o uso de novas
tecnologias.
Colonização da América
Entre o final do século XV e início do XVI, aconteceu o primeiro
contato entre os europeus e os povos nativos da América, o que acabou
gerando um desastre demográfico por aqui. É importante que os professor
saliente que, esse fator não foi somente devido aos conflitos que
ocorreram entre alguns povos, mas também pelas doenças trazidas pelos
colonizadores. Doenças essas, como gripe, cólera, varíola e malária,
cujos nativos não possuíam anticorpos.
Brasil República: Revolta da Vacina
O movimento popular que aconteceu em 1904 na cidade do Rio de
Janeiro, contra a obrigatoriedade da vacinação e o tratamento
autoritário do governo, é bastante trabalhado em sala de aula.
O vídeo faz parte da série “Epidemias” feito pelo Jornal da USP:
Primeira Guerra Mundial: Gripe Espanhola
A Gripe espanhola foi uma pandemia que surgiu no final da Primeira
Guerra Mundial, em 1918. Como se não bastasse todo o impacto da guerra
na sociedade, a doença se espalhou pelo mundo deixando cerca de 20
milhões de mortos.
Embora tenha esse nome, a doença não se originou em território
espanhol. O nome ficou associado ao país devido às constantes
publicações da imprensa do país sobre ela, enquanto que os outros
países, envolvidos diretamente no conflito, evitavam falar sobre a
doença, inclusive censurando os meios de comunicação, para não espalhar
pânico entre as tropas.
Abordagem em sala de aula
Independente do assunto, quando se trata de pandemias, é importante
que o professor busque demonstrar para os alunos quais os efeitos que
essas doenças tiveram em alguns setores das sociedades, como:
Na política dos países: se houve mudança de poderes; se algum grupo
político se beneficiou com isso; quais foram as medidas tomadas pelo
Estado na contenção da doença.
Na economia dos países: como ocorreu a crise que sucedeu a pandemia;
quais medidas foram tomadas para tentar conter a crise; como isso
impactou o país; se houve a mudança no modo de produção.
Na cultura: o que a sociedade acreditava ser a causa da doença; como
isso mudou as crenças da sociedade; se houve mudanças nos costumes.
Referências Bibliográficas:
As Grandes epidemias ao longo da História. Superinteressante. 2020.
BARATA, Rita de Cássia Barradas. Epidemias. Cad. saúde Pública, vol. 3 nº1. Rio de Janeiro, na/mar 1987.
Cinco epidemias que ajudaram a mudar o rumo da história. Viva bem, 2020.
OLIVEIRA, Fábio. Como a humanidade enfrentou as epidemias ao longo da história. Viva Bem, 2020.
RODRIGUES, Cláudia. A cidade e a morte: a febre amarela e seu impacto sobre os costumes fúnebres no Rio de Janeiro (1849-50). História, ciências, saúde- Manguinhos, VI (1) 53-80, mar.-jun. 1999.
UJUARI, Stefan Cunha. A História da Humanidade contada pelo vírus. Editora Contexto, 2012.
"10 Técnicas para manipular a população!" - Fatos "Desconhecidos"
O filósofo, linguista e ativista político estadunidense Avram Noam Chomsky desenvolveu uma lista de 10 estratégias utilizadas pela mídia como um todo para manipular a população em geral.
Distração
Uma das principais técnicas de controle social é a denominada estratégia da distração. Basicamente, esse método consiste em desviar o público de problemas sociais, políticos e econômicos. Somos bombardeados pela TV com informações insignificantes, tornando mais difícil o público ganhar interesse em assuntos essenciais, como científicos, sociais, econômicos, psicológicos, e por aí vai. Manter as pessoas ocupadas com questões sem importância é uma boa técnica de manipulação.
Problema-Reação-Solução
Outra técnica muito conhecida e discutida consiste em criar um problema de impacto emocionalmente forte sobre a população, esperar a reação das pessoas e por fim colocar em prática um plano que beneficie o sistema. Um exemplo disso é um ataque terrorista. Dependendo de sua intensidade, o povo abriria mão de muitas coisas em troca de segurança. Após o atentado de 11 de Setembro de 2001, por exemplo, o governo dos EUA aprovou uma lei denominada Ato Patriótico, no qual agências públicas ganharam o poder de invadir legalmente a privacidade dos cidadãos.
Gradação
É simples fazer a população aceitar uma medida inaceitável, basta ter tempo. Aplicar um plano gradativamente é uma excelente alternativa de controle. Assim que condições socioeconômicas radicais (neoliberalismo) foram implantadas durante os anos 80 e 90. Privatizações, precariedade, desemprego, baixos salários... Tantas mudanças que causariam uma revolução caso tivesse sido aplicadas de uma só vez.
A técnica do "deferido"
Outro método para fazer a população aceitar uma medida que não convém muito a ela é apresentá-la como sendo necessária e dolorosa, no qual será aplicada no futuro. É mais simples se aceitar um sacrifício futuro que um imediato, até porque as pessoas normalmente tendem a acreditar que amanhã tudo estará melhor e que talvez o sacrifício já seja desnecessário.
Infantilidade
Grande parte das publicidades utilizam argumentos, personagens, entonação e até mesmo personagens infantis, como se fossemos todos pequenas crianças ou deficiente mentais. O tom de infantilidade aumenta proporcionalmente à intenção de se enganar o telespectador. A resposta ou reação dele tende a ter também um senso crítico equivalente ao de uma criança;
Mensagens subliminares
Se aproveitar da fragilidade emocional de grande parte da população é outra técnica bastante utilizada para manipular as pessoas, a fim de causar um curto-circuito no senso crítico de cada um. Para isso, a mídia constantemente se utiliza da técnica das mensagens subliminares, sobretudo na televisão.
Mantendo o público na ignorância
Essa obviamente é a técnica mais utilizada como forma de manipulação e a mais eficiente, sobretudo em países com baixo nível de educação, como o Brasil. Não querem que saibamos os métodos que utilizam para nos manter na escravidão.
Essa técnica é utilizada em conjunto com a técnica da distração. Não é a toa que se investe tão pouco em educação para as classes baixas, afinal de contas, um povo ignorante é mais fácil de controlar. Na televisão, poucos são os conteúdos de qualidade apresentados e a situação está cada vez pior. Outro exemplo é a música, que teve uma decadência assustadora em termos de qualidade (conteúdo) desde o início do século XXI, principalmente aqui no Brasil. Isso sem mencionar alguns sistemas religiosos que são uma forma descarada de alienação.
Estimular o público a permanecer na ignorância
Fazer com que as pessoas acreditam que ser estúpido, vulgar e inculto é moda. Exemplo disso é a música e estilo divulgados pela televisão.
Fazer com que as pessoas sintam-se culpadas
Essa técnica de manipulação consiste em fazer com que a pessoas acredite que somente ela é culpada pela sua própria infelicidade (falta de inteligência, pobreza, incapacidade...). Assim o indivíduo não irá se revoltar contra o sistema político-econômico, e irá se culpar por tudo, gerando um estado depressivo no qual o ser se sente inibido a agir. Sem ação não há revolução!
Eles sabem mais sobre nós do que nós mesmos
Com o constante avanço da tecnologia, ciência, biologia e psicologia, criou-se uma grande distância entre os conhecimentos do grande público e daquilo que realmente existe e eles sabem. E o sistema tem se aproveitado muito bem disso, e possui o poder de conhecer melhor cada pessoa que elas mesmo, ou seja, o sistema exerce um controle e poder maior sobre as pessoas do que as pessoas em si.
Legião Urbana - Aloha
Será que ninguém vê
O caos em que vivemos?
Os jovens são tão jovens
E fica tudo por isso mesmo
A juventude é rica, a juventude é pobre
A juventude sofre e ninguém parece perceber
Eu tenho um coração
Eu tenho ideais
Eu gosto de cinema
E de coisas naturais
E penso sempre em sexo, oh yeah!
Todo adulto tem inveja, todo adulto tem inveja
Todo adulto tem inveja dos mais jovens
A juventude está sozinha
Não há ninguém para ajudar
A explicar por que é que o mundo
É este desastre que aí está
Eu não sei, eu não sei
Dizem que eu não sei nada
Dizem que eu não tenho opinião
Me compram, me vendem, me estragam
E é tudo mentira, me deixam na mão
Não me deixam fazer nada
E a culpa é sempre minha, oh yeah!
E meus amigos parecem ter medo
De quem fala o que sentiu
De quem pensa diferente
Nos querem todos iguais
Assim é bem mais fácil nos controlar
E mentir, mentir, mentir
E matar, matar, matar
O que eu tenho de melhor: minha esperança
Que se faça o sacrifício
Que cresçam logo as crianças.
quarta-feira, 5 de outubro de 2022
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