quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

"Quando o Império morreu de sede" (Revista de História da Biblioteca Nacional)

"Em 1889, uma grave crise hídrica só foi resolvida com a mobilização do povo, uma imprensa combativa e a habilidade de um jovem engenheiro. O governo não durou muito.Rio de Janeiro, capital do Império, início de 1889. O clima é quente. Auge do verão, a cidade alterna períodos de calor e secura com dias de chuvas torrenciais. Não há um sistema de esgoto eficiente. Áreas alagadiças no entorno do centro urbano favorecem a proliferação de mosquitos, hospedeiros de doenças que assolam toda a população desde os tempos da colônia. No final do século XIX, médicos e cientistas já haviam percebido a relação entre epidemias tropicais e a má-gestão da água.
As semanas passam, as chuvas rareiam. O calor aumenta. Com ele, a febre amarela. Aqueles que podem, tomam o trem e sobem a serra de Petrópolis. Aproveitam, como Pedro II e sua família, o clima ameno da cidade imperial. Na corte do Rio de Janeiro, fica quem tem que trabalhar. Ou seja, a maioria da população.
Dois de fevereiro. A epidemia aumenta. A Revista Illustrada, tocada pelo redator-caricaturista Angelo Agostini, propõe “medidas sanitárias” para resolver o problema. Entre elas, aumentar o abastecimento de água. Ao longo do mês, o problema se agrava. No dia 9, o mesmo semanário denuncia a situação alarmante: enquanto o surto de febre mata crianças indefesas, os funcionários do governo não fazem nada além de consultar livros e escrever ofícios. (...)"

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