segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Documentário: "Padim Ciço, Santo ou Coronel?"


"Documentário abordando a vida de Padre Cícero, mostrando-o por completo, com todas as suas virtudes e críticas dos inimigos da época. Foram dois anos de filmagens, 2007 e 2008, em duas romarias de finados. Há depoimentos de sociólogos, artistas, entrevistas e imagens dos romeiros que fazem de Juazeiro do Norte um espetáculo e de Padre Cícero um símbolo da resistência dos excluídos sociais, através da religiosidade. Conheça por completo Padre Cícero, o Cearense do Século e um dos grandes personagens da história da América Latina. Santificado pelo povo, renegado pela igreja, odiado e amado ao mesmo tempo, o que é comum às grandes personalidades." (Advogado Valdecy Alves)

Parte I


Parte II


Parte III

domingo, 5 de janeiro de 2025

"Chega!" Gabriel, o Pensador


Na letra, o cantor não poupa a atual política brasileira, a polícia, a situação nos hospitais, a crise hídrica, entre outros problemas. Sem tomar partido, o recado do rapper é claro: Chega!
“Desde que eu nasci, incluindo o período da Ditadura, o povo brasileiro sempre foi sacaneado, roubado, enganado, reprimido e manipulado pelos donos do poder, em todas as esferas, independente dos seus partidos, que enfrentam-se nas eleições e depois se entendem, se protegem e se unem para nos foder”, publicou o rapper em sua conta na rede social.
Gabriel sempre procurou manifestar os descontentamentos do povo brasileiro em suas letras. Um de seus principais raps “Tô Feliz (Matei o Presidente)” marcou um dos períodos mais importantes da história democrática brasileira, quando o ex-presidente Fernando Collor de Mello teve seu cargo cassado em 1992.
Não à toa, Gabriel escolheu lançar a música no domingo (15/3), quando milhares de pessoas foram às ruas de diferentes pontos do país protestar contra a corrupção e o atual governo.
[Refrão]
Chega! Que mundo é esse, eu me pergunto
Chega! Quero sorrir, mudar de assunto
Falar de coisa boa mas na minha alma ecoa
Agora um grito eu acredito que você vai gritar junto (x2)

A gente é saco de pancada há muito tempo e aceita
Porrada da esquerda, porrada da direita
É tudo flagrante, novas e velhas notícias
Mentiras verdadeiras, verdades fictícias
Polícia prende o bandido, bandido volta pra pista
Bandido mata o polícia, polícia mata o surfista
O sangue foi do Ricardo, podia ser do Medina
Podia ser do seu filho jogando bola na esquina
Morreu mais uma menina, que falta de sorte
Não traficava cocaína e recebeu pena de morte
Mais uma bala perdida, paciência
Pra ela ninguém fez nenhum pedido de clemência

[Refrão]
Chega! Que mundo é esse, eu me pergunto
Chega! Quero sorrir, mudar de assunto
Falar de coisa boa mas na minha alma ecoa
Agora um grito eu acredito que você vai gritar junto
Chega! Vida de gado, resignado
Chega! vida de escravo de condenado
A corda no pescoço do patrão e do empregado
Quem trabalha honestamente tá sempre sendo roubado

Chega! Água que falta, mágoa que sobra
Chega! Bando de rato, ninho de cobra
Chega! Obras de milhões de reais
E milhões de pacientes sem lugar nos hospitais
Chega! Falta comida, sobra pimenta
Chega!Repressão que não me representa
Chega! Porrada pra quem ama esse país
E bilhões desviados debaixo do meu nariz
Chega! Contas, taxas, impostos, cobranças
Chega! Tudo aumenta menos a esperança
Multas e pedágios para o cidadão normal
E perdão pra empresas que cometem crime ambiental
Chega! Um para o crack, dois para a cachaça
Chega! Pânico, morte, dor e desgraça
Chega! Lei do mais forte, lei da mordaça
Desce até o chão na alienação da massa

Eu vou, levanta o copo e vamos beber!
Um brinde aos idiotas incluindo eu e você

Democracia, que democracia é essa?
O seu direito acaba onde começa o meu, mas onde o meu começa?
Os ratos fazem a ratoeira e a gente cai
Cada centavo dos bilhões é da carteira aqui que sai
E a gente paga juros paga entrada e prestação
Paga a conta pela falta de saúde e educação
Paga caro pela água, pelo gás, pela luz
Pela paz, pelo crime, por Alá, por Jesus
Paga importo paga taxa, aumento do transporte
Paga a crise na Europa e na América do norte
Os assassinos da Febem, o trabalho infantil na China
E as empresas e os partidos envolvidos em propinas

[Refrão]
Chega! Que mundo é esse, eu me pergunto
Chega! Quero sorrir, mudar de assunto
Falar de coisa boa mas na minha alma ecoa
Agora um grito eu acredito que você vai gritar junto
Chega! Vida de gado, resignado
Chega! vida de escravo de condenado
A corda no pescoço do patrão e do empregado
Quem trabalha honestamente tá sempre sendo roubado

Presidente, deputados, senadores, prefeitos
Governadores, secretários, vereadores, juízes
Procuradores, promotores, delegados, inspetores
Diretores, um recado pras senhoras e os senhores
Eu pago por tudo isso, imposto sobre o serviço
A taxa sobre o produto, eu pago no meu tributo
Pago pra andar na rua, pago pra entrar em casa
Pago pra não entrar no Spc e no Serasa
Pago estacionamento, taxa de licenciamento
Taxa de funcionamento liberação e alvará
Passagem, bagagem, pesagem, postagem
Imposto sobre importação e exportação, Iptu, Ipva
O Ir, o Fgts, o Inss, o Iof, o Ipi, o Pis, o Cofins e o Pasep
A construção do estádio, o operário e o cimento
Eu pago o caveirão, a gasolina e o armamento
A comida do presídio, o colchão incendiado
Eu pago o subsídio absurdo dos deputados
A esmola dos professores, a escola sucateada
O pão de cada merenda, eu pago o chão da estrada
A compra de cada poste eu pago a urna eletrônica
E cada arvore morta na nossa selva amazônica
Eu pago a conta do Sus e cada medicamento
A maca que leva os mortos na falta de atendimento
Paguei ontem, pago hoje e amanhã vou pagar
Me respeita! Eu sou o dono desse lugar!

Chega!

Fontes: Vagalume e Billboard

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Crenças, Cultos e Religiões (Só História)

Religião, deriva da palavra latina religio que significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar") pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças.
Desconhece-se ao certo que relação estabelece religio com outros vocábulos. Aparentemente no mundo latino anterior ao nascimento do cristianismo, religio referia-se a um estilo de comportamento marcado pela rigidez e pela precisão.
A palavra "religião" foi usada durante séculos no contexto cultural da Europa, marcado pela presença do cristianismo que se apropriou do termo latino religio. Em outras civilizações não existe uma palavra equivalente. O hinduísmo antigo utilizava a palavra rita que apontava para a ordem cósmica do mundo, com a qual todos os seres deveriam estar harmonizados e que também se referia à correta execução dos ritos pelos brâmanes. Mais tarde, o termo foi substituído por dharma, termo que atualmente é também usado pelo budismo e que exprime a ideia de uma lei divina e eterna.
Independente da origem, o termo é adotado para designar qualquer conjunto de crenças e valores que compõem a fé de determinada pessoa ou conjunto de pessoas. Cada religião inspira certas normas e motiva certas práticas.
Palavras e Conceitos Relevantes
Existem termos que são ditos/escritos freqüentemente no discurso religioso grego, romano, judeu e cristão. Entre eles estão: sacro e seus derivados (sacrar, sagrar, sacralizar, sacramentar, execrar), profano (profanar) e deus(es). O conceito desses termos varia bastante conforme a época e a religião de quem os emprega. Contudo, é possível ressaltar um mínimo comum à grande parte dos conceitos atribuídos aos termos.
Os religiosos gregos, romanos, judeus e cristãos crêem na existência de vários (gregos e romanos) ou de um único deus (judeus e cristãos), um ser impassível de ser sentido pelos sensores humanos e que é capaz de provocar acontecimentos improváveis/impossíveis que podem favorecer ou prejudicar os homens. Para os religiosos, as coisas e as ações se dividem entre sacras e profanas. Sacro é aquilo que mantém uma ligação/relação com o(s) deus(es). Profano é aquilo que não mantém nenhuma ligação com o(s) deus(es). Para alguns religiosos, "profano" é um termo pejorativo, para outros não. Já o verbo "profanar" (tornar algo profano) é sempre tido como uma ação má pelos religiosos.

Conceito de Religião
Dentro do que se define como religião pode-se encontrar muitas crenças e filosofias diferentes. As diversas religiões do mundo são de fato muito diferentes entre si. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre todas elas. É fato que toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades ou deuses. As religiões costumam também possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte. A maior parte crê na vida após a morte.
A religião não é apenas um fenômeno individual, mas também um fenômeno social. A igreja, o povo escolhido (o povo judeu), o partido comunista, são exemplos de doutrinas que exigem não só uma fé individual, mas também adesão a um certo grupo social. Atentem, por exemplo, às perseguições do Partido Comunista Chinês à seita Falun Gong. O Partido Comunista Chinês entende que a religião não seja necessária a sociedade chinesa.
A ideia de religião com muita freqüência contempla a existência de seres superiores que teriam influência ou poder de determinação no destino humano. Esses seres são principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que pode incluir várias categorias: anjos, demônios, elementais, semideuses, etc.
Outras definições mais amplas de religião dispensam a ideia de divindades e focalizam os papéis de desenvolvimento de valores morais, códigos de conduta e senso cooperativo em uma comunidade.
Ateísmo é a negação da existência de qualquer tipo de deus e da veracidade de qualquer religião teísta. Agnosticismo é a dúvida sobre a existência de deus e sobre a veracidade de qualquer religião teísta, por falta de provas favoráveis ou contrárias. Deísmo é a crença num deus que só pode ser conhecido através da razão, e não da fé e revelação.
Algumas religiões não consideram deidades, e podem ser consideradas como ateístas (apesar do ateísmo não ser uma religião, ele pode ser uma característica de uma religião). É o caso do budismo, do confucionismo e do taoísmo. Recentemente surgiram movimentos especificamente voltados para uma prática religiosa (ou similar) da parte de deístas, agnósticos e ateus - como exemplo podem ser citados o Humanismo Laico e o Unitário-Universalismo. Outros criarão sistemas filosóficos alternativos como August Comte fundador da Religião da Humanidade.
As religiões que afirmam a existência de deuses podem ser classificadas em dois tipos: monoteísta ou politeísta. As religiões monoteístas admitem somente a existência de um único deus, um ser supremo. As religiões politeístas admitem a existência de mais de um deus.
Atualmente, as religiões monoteístas são dominantes no mundo: judaísmo, cristianismo e Islão juntos agregam mais da metade dos seres humanos e quase a totalidade do mundo ocidental. A Fé Bahá'í é uma religião monoteísta.

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quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

"O deus das portas, portões e transições: história do deus da antiguidade romana Janus"





Na religião e mitologia romanas antigas, Janus era o deus dos portões e portas.

Veja, os antigos romanos tinham um deus específico que detinha a chave, por assim dizer, para as portas ou passagens metafóricas entre o que foi e o que está por vir – o espaço liminar de transição de um período de tempo e em algo novo.
Quem é Jano?

Parece que os antigos romanos tinham um deus ou deusa para tudo: Poseidon, deus do mar; Vênus, deusa do amor e da beleza; e Apolo, deus do sol. (Só para citar alguns. Outros deuses romanos bem conhecidos incluem Júpiter, Saturno, Mercúrio, Marte, Netuno, Orcus, Ceres, Juno, Luna Diana e Vesta.) E há Janus, um deus menos conhecido, mas sem dúvida um dos mais importantes.
Na mitologia romana, Janus era o deus das portas, portões e transições. Janus representava o meio-termo entre dualidades concretas e abstratas, como vida / morte, começo / fim, juventude / idade adulta, rural / urbano, guerra / paz e barbárie / civilização.
Janus era conhecido como o iniciador da vida humana, transformações entre fases da vida e mudanças de uma era histórica para outra. Os antigos romanos acreditavam que Jano governava os eventos da vida, como casamentos, nascimentos e mortes. Ele supervisionou eventos sazonais como plantio, colheitas, mudanças sazonais e o ano novo.
De acordo com a mitologia romana, Jano estava presente no início do mundo. Como o deus dos portões, Janus guardava os portões do céu e tinha acesso ao céu e a outros deuses. Por essa razão, Jano era frequentemente invocado primeiro nas cerimônias religiosas da Roma Antiga e, durante os sacrifícios públicos, as oferendas eram dadas a Jano antes de qualquer outra divindade. Na verdade, há evidências de que Janus era adorado muito antes de muitos dos outros deuses romanos, datando desde a época de Rômulo (o fundador e primeiro governante de Roma).
E se você ‘ Já me perguntei como o mês de janeiro ganhou esse nome, você tem que agradecer a Janus. Como o deus romano dos começos e transições, Janus tem o mesmo nome de janeiro, o primeiro mês de um novo ano.

Por que Janus tem duas faces?
O que é incomum sobre o deus Janus é sua imagem icônica. Como o deus das transições e dualidades, Janus é retratado com duas faces – uma voltada para o passado e outra voltada para o futuro. Ele também tem uma chave na mão direita, que simboliza sua proteção de portas, portões, soleiras e outras separações ou aberturas entre limites espaciais. Na Roma antiga, o símbolo da chave também significava que um viajante veio para encontrar um porto seguro ou trocar mercadorias em paz.

O que é uma moeda de Janus?
Janus também supervisionou o início de empreendimentos financeiros e a transição da humanidade da barbárie para a civilização. Um aspecto importante disso foi a criação de moedas. O mito romano diz que Jano foi o primeiro (entre os deuses ou humanos) a cunhar moedas.
Por causa disso, a imagem de sua cabeça dupla apareceu em muitas moedas romanas. Essas moedas ainda podem ser encontradas em museus hoje, e representações de moedas de Jano são populares em joias.

Quem é o deus grego das portas?
Embora a maioria das divindades romanas tenha um equivalente em Na mitologia grega, não há nenhum deus grego que sirva como contraparte de Janus. Isso pode causar alguma confusão, levando as pessoas a se perguntarem se Jano era um deus grego ou romano. O mito grego contém um personagem semelhante a Janus: Ortros, um cão de duas faces. Semelhante a Janus, Orthus tem uma face voltada para o passado e outra para o futuro. No entanto, ele não tinha o mesmo significado na Grécia antiga que Jano na Roma antiga.

Como você protege suas portas ou transições de honra?
Embora as tradições e a adoração em torno do deus romano Jano fossem praticadas há muito tempo, práticas semelhantes perduram até hoje. Muitos lares judeus, por exemplo, exibem uma mezuzá na porta, seguindo o mandamento de “escrever as palavras de Deus nos portões e ombreiras de sua casa”. Da mesma forma, os cristãos costumam exibir uma cruz acima da entrada de suas casas, e os muçulmanos têm rituais e saudações específicos para entrar em uma mesquita. Se você não for religioso, talvez exiba uma fotografia, imagem ou símbolo significativo perto da porta da frente – um aspecto positivo imagem ou token que saúda os visitantes de sua casa.
Como eventos como mudanças de estação, um novo ano ou mês, aniversários, nascimentos, mortes, casamentos e até mesmo começar um novo emprego são, em certo sentido, portas de entrada entre o passado e o futuro, é benéfico honrar eles: reflita sobre o que você experimentou, planeje e estabeleça metas para o futuro, celebre a mudança e a transformação.